Choram os escravos, morta a baronesa!
Na casa-grande o cantochão ecoa...
Prostrada, a escravaria sempre acesa
Lamenta o fim de sua sinhá tão boa...
Envolta em sua mortalha de mantilha
Revive os ritos destes hemisférios...
E suas mucamas, postas em quadrilha
Não se levantam deste chão de ferros...
No salão-mor, em suas escadarias
Fulge o barão, entre tapeçarias
E vasos de cristal e porcelana...
Seu porte esplêndido na sombra flana
Enquanto o esquife desce para a tumba
E morcegos maus voam na catacumba...
À memória de minha tataravó materna, Brazilia Eugênia Nogueira de Almeida, baronesa de Guaraciaba
Fernando MB
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