
Blog do grupo O Decadentismo na Poesia Brasileira idealizado pelo professor Fernando Monteiro de Barros da UERJ-FFP. Este espaço é destinado a todos que amam a Literatura e, sobretudo, a poesia. Bem-vindos e evoé palavra!!!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Matiz

terça-feira, 5 de outubro de 2010
Luxe

segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Las Vampiresas

A sombra morro-porque-não-morro ilumina
Suas partes escuras não estão assim encovadas
A las vampiresas les amam hacerla sufrir
Por supuesto la sangre vital les faltan
Aunque se le ocurran las películas más raras
O cinematógrafo refazendo a capital imperial
A não acertar em cheio as telhas feridas nas coxas
Porque a cidade se modernizou e não perdeu
A alma apesar do bota-abaixo, resiste
Não foi possível sanear os subterrâneos
Com as deusas e deuses clamando por saciedade
À mesma medida que nascem nos outros a morte
Que não limitam a minha, a tua fome
A lua no cinematógrafo muda em preto e branco
Cada matiz de vermelho de bom gosto
O corpo a pedir mais em nome da legião faminta
De novidades e reencarnação tu regozijas
Ao sabor das cortesãs de sempre.
domingo, 3 de outubro de 2010
ENCANTAMENTO

sábado, 11 de setembro de 2010
Perfume

domingo, 5 de setembro de 2010
UBER

Quando te espero passar, em imundície velada,
suponho que é a tua alma infame,
que exala essa emanação encantada.
E eu, ébrio de paixões, suplico-te que me ame.
Quando, de súbito, esgueirando-se lúbrica,
como gata no cio, tu me fitas,
com olhos de Medusa, tua finalidade única
é enlevar-me a alma e a lucidez, de ti cativas.
Quando me entrego à influência malígna
de tua Volúpia a enlaçar-me como serpente,
preso às flores do Mal de que és insígnia,
adivinho o vil intento de tua sórdida mente:
"Quando te persigo neste afã que comigo trago,
o teu frescor é o meu desejo, jovem mancebo,
com ares de Judite transfigurada, meu doce apaixonado,
arranco-te o coração e dele, o sangue bebo."
* Tela Judite e Holofernes de Caravaggio