Ai flores, ai flores do verde plástico!
Sabeis notícias de nosso humor cáustico!
E ai, onde estará?
Ai flores, ai flores do verde Rubem Fonseca!
Sabeis notícias de nossa prosa tão seca!
E ai, onde estará?
Ai flores, ai flores do verde Macunaíma!
Sabeis notícias da moderna Literatura Brasileira!
E ai, onde estará?
Ai flores, ai flores da verde mata hierática!
Sabeis notícias de nossa veia poética errática!
E ai, onde estará?
Ai flores, ai flores do verde-podre do rio obstruído!
Sabeis notícias de nosso Drummond tão querido?
E ai, onde estará?
Ai flores, ai flores da verde paciência!
Sabeis notícias de nossa machadiana inteligência?
E ai, onde estará?
Se sabeis, ó flores da verde energia!
Contai-me, pois, para sanar essa minha nevralgia!
E ai, onde estará?
Se sabeis, ó flores das verdes tardes nostálgicas!
Contai-me, pois, para sanar minhas cólicas bucólicas!
E ai, onde estarão?
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