sábado, 9 de julho de 2011

corde






ornamento de loucos
Tu és, oh amada
liberdade de poucos
Tu és em vanguarda


enrosco o meu pescoço ao teu
sem ajuda de carrascos vis
terás o meu sangue plebeu
vertido em tons carmesins


ornamento de poucos
Tu és, oh corda trançada
liberdade de loucos
Tu és em vanguarda


sem ajudo me caio
para a força da forca
minha carne, soslaio
pendular balança solta


ornamento de vanguarda
Tu és, oh deusa cruel
liberdade trançada
Tu és em castigo revel


cá estou com a gravata
que balança ao som das mortes
és, oh corda, da forca a bravata
que se estende em miríades sortes


ornamento de loucos
Tu és, oh amada
liberdade de poucos
Tu és em vanguarda



Soares


para Gustavo Abreu e Renato Rivello

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Lindo poema!!! Cada dia que passa fica mais íntimo da pena. Muito obrigado pela homenagem!Sinto-me honrado por dedicar e pela amizade.
    Grande abraço!!!

    ResponderExcluir