quinta-feira, 14 de abril de 2011

désir...





Venha amado, submergir em nossas covas
Seu rosto em plinto me desperta as alcovas
Um fustão rubro que amanhece ideias novas
Salamandras horríficas, zebus, chidovas...

Bel prazer
Vil romper
São arder
Mui ranger
Hei sorver

Venha amado, jazer em alteridades ascidiosas
alegorias vampirescas, Íncubus, mortes dolorosas
melancolias perversas, Súcubus, hostes pavorosas
Venha amado, refestelar-se em Flores dispendiosas

Bel romper
Vil sorver
São ranger
Mui prazer
Hei arder

Eis-me, amado, preso às vinhetas dos hostis encantos
Sou teu, simulacro. Sou teu, nos portentos sacrossantos
Eis-me, amado, preso em furnas póstumas, aos prantos
Sou teu, cadáver. Sou teu, em ruínas sádicas, vis antros


soares
*foto: Katarzyna Koniekzca

2 comentários:

  1. Cê tá ficando, hein?
    Caraca, Vini, escreve feito gente grande, tem que publicar essas coisas! Não apenas o nosso amigo DB mas as poesias também.
    Vamos falar com o cara! Beijos.

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